Para você, pode ser desconfortável e aparentemente constrangedor; Para ela, certamente será uma experiência inesquecível; Para ambos, será um momento muito rico, que proporcionará uma troca de sentimentos.
MAKEUP DADDY
– Paaaai, posso maquiar você? Deixa, vai!?! Por favorzinho!!
– OK Lalá! Mas não vai demorar muito, né?
– EEEBAAA! Vai ser rapidinho, papai! Você só não pode se mexer, tá?
– Tá filha!
– Hahaha, isso não é problema para mim. – Pensei logo em seguida.
Depois de juntar todo o material necessário, a maquiadora começou a trabalhar…
Meia hora depois… o resultado:
Reflexão:
Após ter superado os resquícios de machismo que ainda sobrevivem dentro de mim (herança do patriarcado familiar), eu autorizei minha filha a me maquiar. E adorei! Evidentemente que não estou me referindo à maquiagem, que por sinal ficou belíssima, mas aos significados que haviam por trás dessa vivência.
Tenho certeza que Lavínia interpretou sensivelmente o sentido daquele momento, mesmo que inconscientemente, pois uma sessão de make entre pai & filha é muito mais que uma brincadeira divertidíssima. É uma verdadeira demonstração de empatia e confiança, resultando, sempre, no fortalecimento dos vínculos afetivos existentes entre nós três – mamãe foi a fotógrafa.
Minha vulnerabilidade era evidente e meu temor – em ter o olho furado por aquele lápis preto – contrastava com sua alegria. Sempre que uma nova ideia invadia sua cabecinha, um sorriso discreto, estilo Monalisa, despontava em seu rosto. E quando ela dava uma paradinha e se distanciava, só para me observar, eu ouvia uma gargalhada deliciosa… com um toque de “sadismo inocente”.
Resumo:
Sim, ser maquiado pela minha filha foi incrível, divertido e emocionante!!