Sérgio Nardini estreia na literatura infantil como coautor de livro sobre diversidade, respeito e combate ao preconceito
“A Arte de Ser Diferente” foi lançado no domingo (22/06), na Bienal do Livro Rio 2025 e conta uma história divertida que se passa em uma floresta habitada por todos os tipos de animais, inclusive com deficiência.
A narrativa da obra gira em torno de uma “Olimpíada de Arte” organizada pelo rei NapoLeão, um leão intolerante que, entre várias atitudes preconceituosas, exclui da competição três animais considerados diferentes: Le Cão, um cachorro com nanismo; Da Pink, um elefante cadeirante; e Larissa, um bicho preguiça neurodivergente. Revoltados com a decisão, os três protagonistas resolvem desafiar as regras impostas e mostrar que o talento não se deriva de um modelo padrão.
Outros bichos compõem o elenco e algumas personalidades artísticas, de diversas áreas, são homenageadas por meio de uma brincadeira feita com seus nomes, como Marília Mãe da Onça, Sapinho da Viola, Joaninha Gonzaga, Romero Periquito, Beija-flor Dali, entre outros.
O livro faz parte da Coleção MaM – Meninos Anti-Machistas e tem o apoio do Instituto Nacional de Nanismo (INN). O processo de criação foi coletivo e contou com a colaboração de famílias de crianças neurodivergentes. Por exemplo, a Larissa foi desenvolvida em diálogo com essas famílias, com o objetivo de refletir de forma sensível os desafios e potencialidades das crianças neurodivergentes. A partir dessa escuta a personagem foi construída.
Tudo foi idealizado e escrito por cinco amigos, dos quais, dois deles estão representados na história: Sérgio Nardini como “Da Pink” e Gigante Léo como “Le Cão”.
O amparense Sérgio Nardini, que depois de 25 anos como artista plástico parou de pintar devido ao enfraquecimento muscular causado pela AME, começou a se expressar por meio da escrita, lançando seu primeiro livro em 2019, “Pai de Rodinhas”. Da Pink, que o representa, é um elefante cor-de-rosa, também é pintor e utiliza cadeira de rodas.
O comediante carioca Leonardo Reis, conhecido artisticamente como Gigante Léo, se destaca no cenário humorístico nacional com seu estilo próprio de autodeboche e críticas sociais. Léo tem nanismo e seu personagem Le Cão é um bulldog francês pequenino e igualmente talentoso na arte de fazer rir.
Completando a equipe de criadores: Manoel Ivo Sousa, de Conselheiro Lafaiete/MG; Marcelo Correia, do Rio de Janeiro/RJ; e Renato Oliveira, de Goiânia/GO. Os três são cantores e compositores, e já lançaram diversos livros anteriormente. As ilustrações foram feitas pelas artistas visuais Janine Eufrásio, de Pernambuco, e Lúcia Chinaglia, de Santa Catarina.
Além da paixão pela arte, há um outro ponto em comum que une este grupo: o exercício da paternidade / maternidade.
“O livro “A Arte de Ser Diferente” utiliza o reino animal e a arte como metáforas para abordar temáticas presentes em nossa sociedade, mas, muitas vezes, não tratadas com a devida atenção, como capacitismo e machismo. O público alvo são as crianças e a proposta é que ele seja utilizado principalmente nas escolas, como ferramenta para combater o preconceito e explicar sobre a importância da acessibilidade e da empatia, além de reflexões a respeito das diferenças que fazem parte da natureza humana.” A afirma Sérgio Nardini.
O livro já está sendo vendido no site da Coleção MaM – Meninos Anti-Machistas.
Siga as redes sociais dessa galera e conheça outros trabalhos
Sergio Nardini @paiderodinhas
Leonardo Reis @giganteleo
Manoel Ivo Sousa @omanoel.ivo
Marcelo Correia @omarcelocorreia
Renato Oliveira @contatoria
Janine Eufrásio @nineeufrasio
Lúcia Chinaglia @luanachinaglia.art